19 junho 2007

Carta n.º 9



Lisboa, 14 de Março de 2006


Ex.mos Srs.,


Por escrito venho dizer Adeus, com A maiúsculo, porque é sentido este Adeus.
É um “Adeus, até nunca”, ou se preferirem, um “Adeus, havemo-nos de encontrar, e lembrem-se, cá se fazem, cá se pagam”.

É com Saudade que me despeço, porque levo poucas, mas boas, memórias de alguns dos meus colegas, o que nos rimos, o que passámos juntos, o que gozámos com o circo que os senhores montaram ao longo de todos estes anos. Saudade continuarei a sentir pelas pessoas boas que aí terão de ficar, contrariadas, frustradas, acinzentadas e murchas. Há muitas, caso não tenham reparado. E todas essas pessoas, são competentes e de bom fundo.

Mas bem sabemos que nesta bela empresa só os cínicos e hipócritas se safam. Diz o ditado “se não podes com eles, junta-te a eles”. Não. Muito obrigada, mas não!

Sou verdadeira. Sou fiel. E agora, sou forte.



Cumprimentos,

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